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Economia 1a2a3d

Lobbies são fortes e mais rápidos que governo , diz Haddad sobre resistência à MP de impostos 6f21

Por NATHALIA GARCIA / Folhapress

12 de junho de 2025, às 10h42

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Diante da resistência do Congresso Nacional e de diversos setores à MP (medida provisória) que aumenta impostos, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) afirmou nesta quinta-feira (12) que os lobbies são mais rápidos que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e atuam com força para travar o avanço das medidas.

“Os lobbies precisam ir para a luz do dia. Quem quer defender bet vem a público. Quem quer defender banco vem a público”, disse.

“Podia fazer uma audiência pública com o sistema bancário e com as bets. Eu gostaria de participar desse debate. Um lobista de banco, um lobista de bet e eu. Vamos discutir publicamente se isso vai impactar alguma coisa do setor. Eu tenho certeza que eles não vão conseguir demonstrar prejuízo nenhum. Pelo contrário, vai ficar demonstrada a justiça das medidas”, acrescentou.

O titular da Fazenda voltou a dizer que as medidas apresentadas pelo governo buscam fazer justiça tributária. Na noite desta quarta (11), o governo publicou a MP com medidas que aumentam impostos para compensar o recuo no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e editou também o novo decreto recalibrado.

O chefe da equipe econômica disse estar à disposição para o debate, mas que “xingar e sair correndo é coisa de moleque de rua”, em referência à confusão em comissão na Câmara com os deputados Carlos Jordy (PL-RJ) e Nikolas Ferreira (PL-MG).

Para Haddad, “é até desleal, da parte de algumas lideranças, atacar o governo”. A jornalistas, o ministro ressaltou que o setor da construção civil nunca “viveu momento tão bom” quanto no governo Lula.

“Eu estou sempre disposto ao debate. O que eu não gosto é a pessoa xingar e sair correndo. […] Xingar e sair correndo é coisa de moleque de rua. Eu estou discutindo com o Congresso Nacional, estou 100% disponível para visitar os presidentes, os líderes, as bancadas, quantas horas precisar”, disse.

A tensão com o Congresso cresceu após o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmar em evento com empresários que as medidas apresentadas pelo governo devem ter “reação muito ruim”. Ele também afirmou não servir a projeto político de ninguém.

O PP e União Brasil declararam que fechariam questão contra o aumento de impostos caso a medida não viesse acompanhada de iniciativas para cortar gastos. No jargão político, fechar questão significa punir os parlamentares que contrariarem a posição do partido.

“Taxar, taxar, taxar, não pode e não será nunca a saída”, disse o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, que comanda o partido do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP), aliado do governo federal.

Haddad disse que conversou com Rueda por telefone e que afirmou ao parlamentar não ter problema com a agenda de contenção de despesas.sas.

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