Todo menino cresce ouvindo histórias. Algumas falam de heróis, de conquistas, de bravura. Outras, de amor, de amizade, de desafios superados. Mas há uma história que ainda não é contada o suficiente – a história das mulheres.

Meninos precisam aprender desde cedo que mulheres não são frágeis, ainda que sejam feitas de doçura. Que a força delas não está em erguer pesos, mas em carregar o mundo sem que ninguém perceba. Que inteligência não tem gênero, e que sonhos não deveriam ter barreiras.

Todo menino deveria crescer sabendo que o “não” de uma mulher é definitivo, que respeito não é uma concessão, mas uma obrigação. Que choro não é fraqueza, e que carinho não diminui a masculinidade de ninguém.

Todo homem deveria entender que mulheres não são suas rivais, nem suas salvadoras. Que elas não existem para servi-los, para esperá-los ou para corresponder às suas expectativas. Elas existem por si mesmas, com desejos, ambições e direitos que não precisam de permissão para existir.

E que não seja só em março. Que seja sempre. Porque respeito não tem data, igualdade, cor, não é essencialmente homenagem no dia oito de março.

E mudar o mundo começa pelo que ensinamos a cada menino que cresce.