A proposta da Prefeitura de Americana de reajustar o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) em 20,5% para 2026, acima da inflação projetada, reacendeu discussões sobre a gestão fiscal e a representatividade política no município. A medida, que prevê um incremento de R$ 32 milhões na arrecadação, foi aprovada em primeira votação pela Câmara Municipal com 16 votos favoráveis.

A segunda e última votação está marcada para a próxima terça-feira (10), antes de o projeto seguir para sanção do prefeito Chico Sardelli (PL).

Apesar da vitória esmagadora, apenas um vereador se manifestou publicamente em defesa da proposta durante a sessão.

Conforme noticiado pelo LIBERAL, houve uma reunião prévia entre representantes da prefeitura e vereadores da base aliada para apresentar as justificativas da istração.

Somado ao silêncio da base na Câmara, nenhum dos vereadores que votaram a favor do projeto foi às redes sociais — onde adoram enaltecer o trabalho realizado — para justificar ou até explicar sua opção.

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Embora a atualização da planta genérica de valores seja necessária para refletir a valorização dos imóveis, a forma como o aumento foi conduzido levanta dúvidas sobre a transparência e a abertura do processo à participação popular.

O silêncio da maioria dos parlamentares que votaram a favor do projeto é preocupante. Como representantes eleitos, espera-se que prestem contas de suas decisões, especialmente em temas que afetam diretamente o bolso da população. A ausência de debate público compromete a confiança da sociedade no processo legislativo e enfraquece o papel fiscalizador e representativo da Câmara.

Decisões fiscais de grande impacto devem ser acompanhadas de explicações claras e íveis, além de envolver os cidadãos no debate.

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