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Celebridades 41t10

Em ‘Vale Tudo’, Taís Araujo foge de memórias para recriar a batalhadora Raquel 6x13m

Recentemente, a atriz também pôde ser vista na reprise de “Viver a Viva”, que foi ao ar no Viva. Na trama de Manoel Carlos, ela interpretou a controversa protagonista Helena

Por CAROLINE BORGES_TV PRESS

13 de abril de 2025, às 09h15 • Última atualização em 13 de abril de 2025, às 09h18

Antes de “Vale Tudo”, Taís gravou a série sobrenatural “Reencarne”, original Globoplay, que ainda não tem data de estreia - Foto: Divulgação - Globo

Desde o anúncio do remake de “Vale Tudo”, Taís Araujo entrou em contato com as mais diversas opiniões e comentários sobre a obra adaptada por Manuela Dias. Todo esse burburinho e críticas envolvendo a nova novela das nove não abalaram a intérprete da iva e amorosa Raquel, que foi originalmente vivida por Regina Duarte. Ela, inclusive, encontrou no folhetim do horário nobre uma paz interna para trabalhar quase desconhecida.

Na trama das nove, Raquel é mãe da ambiciosa Maria de Fátima, papel de Bella Campos. Acredita que é possível vencer na vida sendo honesta, visão oposta à da filha, que lhe aplica um golpe e vai para o Rio de Janeiro em busca de fama e dinheiro. Raquel se muda para a cidade para resgatar a relação com a filha e, lá, decide ficar para lutar para sobreviver e provar que pode vencer sem ar por cima dos outros.

“A Raquel é essa mulher que vive no corre e que tem a ética, a honestidade e a dignidade como um norte na vida. É uma mãe solo, típica brasileira, que trabalhou muito para criar a filha, inclusive, abrindo mão dos seus próprios desejos. Raquel é um prato cheio para qualquer atriz. Uma personagem com muitas possibilidades e com um arco dramático brilhante”, defende.

Em 2025, você completa 30 anos de carreira. Após uma trajetória recheada de protagonistas e personagens de destaque, quais trabalhos você estava em busca de encarar em um ano tão célebre?

Então, eu fui pedir ao José Luiz Villamarim (chefe de dramaturgia da Globo) uma vilã. E não entendi nada porque ele me ofereceu a Raquel. Pensei: “Eu peço uma vilã e ele me entrega a maior heroína de todos os tempos?”. Quando eu fui rever o primeiro capítulo, eu entendi que não podia perder essa oportunidade. Personagem bom é personagem com conflito. A Raquel só tem conflito. Ela tem uma jornada do herói e uma escalada.

Mas você sente alguma carga de responsabilidade por encarnar uma personagem tão clássica da teledramaturgia?

Eu sinto que há uma responsabilidade, mas não peso. Existe essa responsabilidade de refazer uma novela que está no imaginário de todos. Até mesmo de quem não viu. Tem muita gente que revê no Globoplay. Então, traz um público novo. Sou uma atriz que faz muito novela e essa é a novela das novelas. Então, tem uma honra tão grande que acaba se sobrepondo sobre essa tensão.

Como lidar com todas as expectativas e críticas que cercam o remake?

A gente estava na maior expectativa como todo mundo. Esse burburinho também chega para a gente. Já fiz umas três ou quatro novelas das 21h, mas talvez seja a novela que eu esteja mais leve. Há uma leveza entre nós. Um desejo de contar e contribuir para essa história. Há uma diferença entre remontar e refazer. Estamos remontando e não refazendo.

Qual é a diferença?

Remontagem é algo com nossos pensamentos, nossas críticas. A novela é a mesma, mas não é a mesma porque temos outras pessoas. É, mas não é. “Vale Tudo” é uma história de guerra de classes. Essa comparação sempre vai ter. Mas são coisas distintas. Afinal, a experiência de uma mulher preta será completamente diferente da experiência de uma mulher branca. Só a partir daí é uma outra história.

A interpretação da Regina Duarte foi uma referência para você?

Costumo dizer que trago um perfume vintage para a personagem. Desde o início, eu queria estar livre para fazer a Raquel. Se eu tivesse de chamar a Maria de Fátima daquele jeito icônico que a Regina chamava, eu faria. Quero ter a liberdade para brincar com essa nostalgia. Ao mesmo tempo, trago uma Raquel diferente. Não é a questão de ser minha Raquel. É a experiência (de uma mulher negra) mesmo.

De que forma?

A existência de uma mulher preta é totalmente diferente da experiência de uma mulher branca. Não faço ideia de como seja a experiência de uma mulher branca. Leio os capítulos e vejo que foram escritos para uma mulher que está no corre, na base da pirâmide, uma mãe solo. Mesmo com todos os meus privilégios, isso está no meu sangue. Tenho muitas dessas mulheres na família. Sei quem são. Faço uma Raquel que seja uma homenagem e representação de muitas mulheres que constroem esse país. Acho que a Raquel, sendo uma mulher negra, faz um contraponto interessante com a Odete, que está no topo da pirâmide.

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